Instituto do Templo e
outros grupos de judeus ortodoxos já têm todos os 102 artigos do Templo prontos
para começar a reconstrução
As profecias bíblicas referentes ao
final dos tempos falam do Templo de Jerusalém como uma realidade, mas o Templo
ainda não foi reconstruído. Porém, quase todos os passos que precisavam ser
dados para que isso aconteça já são realidade.
1) Para o Templo ser reconstruído,
seria necessário Israel voltar a existir como uma nação, o que ocorreu em 1948.
2) Seria necessário a reconquista da
cidade de Jerusalém, o que também já aconteceu, em 1967.
3) Seria necessário ainda que todos os
utensílios do Templo fossem restaurados. E isso já está acontecendo. Ou melhor,
os utensílios já estão praticamente concluídos.
A primeira vez que o assunto
reconstrução do Templo chamou a atenção da mídia mundial foi em 1989, quando a
revista norte americana Time, em sua edição de 16 de Outubro de 1989, cuja
matéria de cara era intitulada “Time for a New Temple? (“Tempo para um Novo
Templo?”), apontava o desejo crescente entre os judeus ortodoxos em Israel de
ver o Templo de pé mais uma vez. Por essa época, dava seus primeiros passos o
chamado Instituto do Templo.
Erguido na Cidade Velha de Jerusalém, o
Instituto do Templo tem se dedicado com afinco, durante as últimas duas
décadas, aos preparativos para a reconstrução do Templo, chegando hoje
praticamente ao final dessa preparação, em mais um sinal evidente da
proximidade da Segunda Vinda de Jesus. Em seus pouco mais de 20 anos de
existência, o Instituto já recriou o candelabro do Templo (Menorah), a um custo
de 3 milhões de dólares, além de harpas, altares, recipientes para incenso e as
roupas dos sacerdotes, tudo meticulosamente igual à descrição bíblica desses
artigos. Ao todo, são 102 os utensílios necessários para os rituais do Templo;
e hoje todos eles – isso mesmo: todos – já estão prontos. O últimmo passo será
a busca de restos (cinzas, por exemplo) das novilhas vermelhas, uma espécie de
novilha em extinção que, sendo um animal kosher (puro), era usado no ritual de
purificação dos sacerdotes antes de adentrarem o Templo de Jerusalém, segundo o
texto de Números 19.
O objetivo dos judeus ortodoxos ligados
ao Instituto é clonar a novilha vermelha a partir dos restos que eventualmente
possam ser encontrados para que, após a reconstrução do Templo, os sacerdotes já
estejam ritualmente prontos para servir. Ou seja, até os avanços recentes na
área de genética favoreceram os planos e a fé daqueles que têm se dedicado à
reconstrução, e que, inclusive, já elaboraram uma lista de judeus que são
provavelmente descendentes de Levi, conforme estudo meticuloso da árvore
genealógica de milhares de judeus, para exercerem a função de sacerdotes.
Muitos deles já estão de sobreaviso e totalmente integrados ao projeto.
O rabino Yisrael Ariel, fundador do
Instituto e considerado um dos maiores especialistas no mundo em rituais do
Templo de Jerusalém, afirma que a função do Instituto sempre foi e será
“dedicar-se à recriação de artefatos usados no Templo não apenas como um
exercício histórico, mas como uma maneira de se preparar para sua
reconstrução”. Algumas das últimas recriações do Instituto são surpreendentes e
realçam sua dedicação. Em dezembro de 2007, por exemplo, o Instituto anunciou a
conclusão da confecção do candelabro e da coroa de ouro maciço que a Bíblia diz
que o sumo sacerdote levava no cumprimento dos seus deveres no Templo. De
acordo com a agência de notícias israelenses Israel National News, os artistas
que trabalharam na coroa e no candelabro seguiram escrupulosamente, durante
mais de um ano, as instruções registradas na Bíblia hebraica e as informações
sobre a coroa e o candelabro gravadas em antigas fontes históricas para chegar
ao formato final nos dois artigos, que são considerados hoje
absolutamente
fidedignos aos originais.
Pedra Angular do
Templo
Mas, não são apenas os centenas de
rabinos do Instituto do Templo que têm se dedicado aos preparativos para a
reconstrução. Outros grupos judeus ortodoxos relacionados também manifestam-se
nesse sentido. Em 21 de Maio de 2009, por exemplo, um grupo de judeus
denominado “Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte Templo”
(Temple Mount and Land of Israel Faithfull Movement) realizou uma passeata em
Jerusalém deslocando uma pedra de quase quatro toneladas que é considerada por
alguns judeus ortodoxos a pedra angular para a edificação do terceiro Templo de
Jerusalém.
O dia 21 de Maio foi escolhido para a
realização da passeata porque é o “Dia de Jerusalém” em Israel, data em que os
judeus celebram a vitória na Guerra dos Seis Dias, quando Israel reconquistou
Samaria, Judéia, Gaza, os Montes de Golan e Jerusalém. Durante a passeata com a
pedra de esquina que provavelmente suportará a edificação do Templo, o grupo do
“Movimento de Fidelidade à Terra de Israel e ao Monte do Templo” protestou em
frente ao Consulado dos Estados Unidos por causa da política para o Oriente
Médio adotada pelo atual presidente norte-americano, Barack Hussein Obama, que
quer dividir a cidade de Israel, estabelecendo a capital do Estado árabe dentro
de Israel. Em frente ao Consulado, a multidão bradava: “Tirem as mãos da Terra
de Deus e do povo de Israel e de Jerusalém!”. Ao chegar no portão de Jaffa, na
cidade velha de Jerusalém, o grupo de fiéis dançou e tocou trombetas de prata
declarando seu amor a Jerusalém.
O grupo dos Fiéis do Monte do Templo é
liderado pelo rabino Gershon Salomon, que já afirmou em entrevista ao
arqueólogo norte-americano e cristão Randall Price (autor de Arqueologia
Bíblica, CPAD) nos anos 90 o que se segue: “Creio que a reconstrução do Templo
é a vontade de Deus. O Domo da Rocha deve ser retirado. Devemos, como sabem,
removê-lo. E hoje temos todo o equipamento para fazer isso, pedra por pedra,
cuidadosamente, embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde
veio. (…) No dia certo – creio que em breve – essa pedra [de esquina] será
colocada no Monte Templo, trabalhada e polida. Será a primeira pedra para o
terceiro Templo. A pedra não está longe do Monte Templo, mas bem perto das
muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, perto da Porta de Shechem. Dessa pedra
se pode ver o Monte Templo. Mas, o dia está próximo em que essa pedra estará no
lugar certo. Pode ser hoje ou amanhã, mas estamos bem pertos da hora certa”.
Já há alguns anos que Gershon Salomon
tem incentivado rabinos a realizarem sacrifícios próximos ao Monte Moriá, isto
é, o Monte do Templo. Na Páscoa de 1998, rabinos judeus realizaram um
sacrifício de um animal no Muro Ocidental, que pode ter sido o primeiro
sacrifício animal realizado no local do Templo desde 70d.C., quando Jerusalém
foi destruída pelos exércitos romanos. Em 4 de Abril de 1999, o próprio Gershon
Salomon tentou realizar um sacrifício sobre o Monte do Templo, mas foi
frustrado. E em Abril de 2008, rabinos em Israel afirmaram que estão se
preparando para realizar alguns sacrifícios de animais, num lugar bem próximo
ao Monte do Templo. Mais de um ano depois, ainda não os fizeram, mas eles têm
se mostrado insistentes na idéia de fazê-los futuramente, o que para os árabes
palestinos serão considerados atos muito provocativos.
Outro grupo é o Ateret Cohanim, que
fundou uma yeshiva (escola religiosa) para a educação e o treinamento dos
sacerdotes do Templo. O objetivo dessa organização judaica liderada por rabinos
é pesquisar os regulamentos levíticos e treiná-los para um sacerdócio futuro no
terceiro Templo.
Enquanto isso, todos os dias, três
vezes ao dia, judeus ortodoxos oram diante do Muro das Lamentações pedindo a
Deus para que o Templo seja reconstruído. Dizem as preces, quase em uníssono:
“Que a Tua vontade seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias….”.
O rabino Chaim Richman, diretor
internacional do Instituto do Templo, é apontado como o mais provável a assumir
a função de sumo sacerdote logo após a reconstrução; ele também liderará o
Sinédrio, cujo lista de futuros membros, preparada por rabinos, já está pronta.
Oposição Palestina
Adnan Husseini, conselheiro do
presidente palestino Mahmoud Abbas em questões relativas a Jerusalém, critica a
existência do Instituto do Templo e seu projeto, que denomina “provocação”. “Se
eles falam de construir o Templo, o que isso significa? Significa destruir
mesquitas islâmicas. E se eles o fizerem, ganharão 1,5 milhão de inimigos. É o
desejo de Deus que esse seja um local de adoração islâmico e eles devem
respeitar isso”, afirma Husseini.
Em resposta, os rabinos do Instituto do
Templo declaram que não têm projetos nenhum de destruição das mesquitas até
porque a maioria dos rabinos ortodoxos crê, à luz das profecias da Bíblia
hebraica, que a reconstrução do Templo será um ato do próprio Deus, ato este
que só será realizado, afirmam, “quando chegar o tempo em que o Senhor achar os
judeus merecedores do Templo mais uma vez”. Eles destacam ainda que os
preparativos são apenas uma demonstração de fé nas profecias.
Entretanto, apesar de não haver mesmo
por parte do Instituto do Templo nenhum planejamento em andamento para a
destruição das mesquitas que se encontram hoje no Monte do Templo, o rabino
Chaim Richman, diretor internacional do Instituto (e forte candidato a assumir
a função de sumo sacerdote do Templo), declarou em dezembro de 2007 que a
tarefa do Instituto nos próximos anos será “completar o projeto arquitetônico
para o terceiro Templo, incluindo as projeções dos custos e os esquemas e
detalhes das partes elétricas e das canalizações”, informação publicada nos
jornais israelenses e que deixou os palestinos irados.
Para esquentar mais o clima, em outubro
de 2009, o Comitê para a Monitoração Árabe acusou Israel de estar fazendo
escavações arqueológicas por baixo do Monte Templo, o que os israelenses negam.
“Essas acusações são uma perfeita mentira. Alegar que os judeus andam escavando
por baixo do Monte do Templo é como dizer que o dia é noite”, afirmou o rabino
Shamuel Rabinovitz, responsável por cuidar do Muro das Lamentações. Seja como
for, uma pesquisa recente mostrou que 64% dos judeus israelenses desejam,
contanto que seja possível, ver o Templo reconstruído.
Seja verdadeira ou não a denúncia das
escavações, certo é que a conclusão dos preparativos para a reconstrução
demonstra que a restauração dos rituais do Templo no final dos tempos, conforme
as profecias bíblicas asseveram, não está longe da sua concretização. Muito ao
contrário. É uma questão de tempo. E, ao que tudo indica, muito pouco tempo.
O templo da Tribulação é importante
porque é o templo que muitos judeus em Israel estão tentando reconstruir no
presente. Saber o que a Bíblia ensina sobre os templos do passado, presente e
futuro dá aos crentes a base necessária para ver o terceiro templo do ponto de
vista de Deus. Apesar de que a esperança judaica para o próximo templo é que
ele seja o templo messiânico, a Bíblia deixa claro que ele será, na verdade, o
templo transitório do Anticristo.
O fato de Israel ter sido restabelecido
como nação em 1948, de Jerusalém ter sido reconquistada em 1967 e dos judeus
estarem fazendo esforços cada vez mais significativos para a construção do
terceiro templo, demonstra que estamos chegando perto do fim da atual era da
Igreja e do início da Tribulação. O cenário divino para o fim dos tempos está
tomando forma e o centro das atenções é a reconstrução do templo em Jerusalém.
A mão de Deus está agindo.
A Bíblia garante que, no final dos
tempos, o templo judeu será reconstruído em Jerusalém. A Bíblia relata que dois
templos já foram construídos e destruídos. São eles:
O primeiro templo foi construído por
Salomão e destruído em 586 A.C.
O segundo templo foi construído em 535
A.C. por autorização de Artaxerxes e destruído em 70 D.C. pelos romanos
Haverá então um terceiro templo judeu.
O próprio Senhor Jesus assim disse em Mateus 24:15, referindo-se ao templo como
o lugar santo:
Mateus 24:15
"Quando, pois, virdes que a
abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo;
quem lê, atenda [a isso];"
Daniel 11:31
"E [na terra
santa] braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a
fortaleza [espiritual], e tirarão o sacrifício contínuo [ofertas diárias de
holocausto], estabelecendo abominação desoladora [provavelmente um altar para
um deus pagão]."
2 Tessalonicenses
2:3-4
"Ninguém de
maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a
apostasia [ao menos que o grande e previsto dia da partida daqueles que
professaram a fé para tornarem-se cristãos tenha chegado], e se manifeste o
homem do pecado, o filho da perdição (condenação), O qual se opõe, e se levanta
contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como
Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus."
Apocalipse 11:1-2
"E foi-me dada uma
cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o
templo de Deus, e o altar [de incenso], e [o número dos] os que nele adoram. E
deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações,
e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses."
O local exato onde o templo judeu
deveria estar construído é onde hoje está a mesquita (aquela com a cúpula
dourada que aparece em todas as fotos de Jerusalém). Esse local é onde está a
pedra angular da construção do templo judeu. Esse é um impasse nos dias de hoje
para a reconstrução, mas a Bíblia garante que o templo será reconstruído mesmo
assim.
Não é possível prever precisamente se a
reconstrução do templo será antes ou depois do Arrebatamento. Alguns estudos
sugerem que será depois. O que é possível dizer hoje é que os judeus pretendem
mesmo reconstruir o templo.
Existem organizações e movimentos dos
judeus ao redor do mundo para que essa finalidade se cumpra. Thomas Ice e
Randall Price citam, em seu livro Ready to Rebuild: The Imminent Plan to
Rebuild the Last Days Temple (Pronto para reconstruir: O plano iminente para se
reconstruir o Templo dos últimos dias), mais detalhes de que a reconstrução do
templo pode mesmo ocorrer num futuro próximo.
Postado por
RaymundoNeto
Fonte: Mensageiro da Paz de Dez/2009
EXTRAÍDO DO
SITE: http://www.programaapalavra.com.br/